Bem-Te-Vi
É de manhã quando ele pousa no muro do quintal, saltita, pousa na corda de estender roupa, como numa ensaiada coreografia. Mirando sempre o alvo, entoa com vigor a última sílaba do seu canto anunciando o ataque. Em voo rasante alcança a tigela de comida do cachorro, agarra um grão de ração e ao bicá-lo produz com os demais, o som da vitória. Desaparece sobre os telhados das casas.
brisa de verão
o balanço da folha
com uma lagarta
quarta-feira, 2 de julho de 2008
haibun: bem-te-vi
Postado por Rosa Clement às 09:07 4 comentários
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